Há mais de 5 séculos estes belos, coloridos e canoros pássaros,
capazes de formar duetos e quartetos musicais, tem encantado milhares de pessoas
no mundo todo.
São originários das Ilhas Canárias, localizadas na costa oeste da
África, que curiosamente receberam este nome dos romanos não pelos Canários, mas
devido aos cães (canis em latim) de grande porte que ali habitavam. Acredita-se
que os primeiros registros sobre Canários datem do ano 1402.
Muito utilizados pelos marinheiros como animal de estimação, os
Canários conquistaram a Europa e o mundo rapidamente.
Antes da Revolução Industrial era comum a manutenção de Canários
pelos artesões nas oficinas e lojas, como forma de entretenimento. Essa prática
de manter os Canários no local de trabalho foi adotada também pelos mineiros de
carvão, que os utilizavam como alarme, pois caso estes morressem dentro da mina
era sinal de que havia vazamento de gás.
Da época do descobrimento do Canário selvagem (Serinus canarius), de
cor verde acinzentada, até os dias de hoje, muito se fez através das criações
seletivas.
Atualmente existem 4 agrupamentos de raças de Canários: Canários
silvestres, Canários de cor, Canários de canto e Canários de porte ou
postura.
Dentre os Canários silvestres, encontramos no Brasil o
Canário-da-terra, assim chamado em oposição aos Canários-do-reino, trazidos pela
corte portuguesa quando aqui se instalaram.
Em relação aos Canários de cor, existem hoje mais de 300 cores
catalogadas, sendo agrupadas em: cores melânicas preto-castanho, melânicas
castanho, lipocrômicas, ágatas e Isabel.
Já entre os Canários de canto, destacam-se algumas raças como a
Harzer, também conhecida por Harz ou Belga de origem alemã, a Malinolis,
descendente de Canários belgas da região de Flandres (cidade de Malines) e o
Timbrado Espanhol, criado na Espanha desde 1700.
Canários de porte ou postura recebem esta designação devido à forma
do corpo e a posição que adquirem no poleiro. Os Canários de porte dividem-se em
Ingleses (Norwich e Yorkshire) e Frisados (do Norte e do Sul).
Reprodução:
O ciclo de reprodução dos Canários, da postura dos ovos até a saída
do ninho, dura em torno de 30 dias. Neste período é importante o mínimo de
perturbações possíveis, para não interferir nos processos biológicos envolvidos.
A sexagem dos indivíduos se faz por observação da região anal. A diferença entre
machos e fêmeas também pode ser percebida pela diferença do canto. Apesar de
algumas fêmeas cantarem, seu canto não tem a mesma intensidade ou o volume do
canto dos machos. A fêmea coloca 5 ovos em média (um por dia, na parte da
manhã).O macho e a fêmea revezam o choco e o período de incubação é de cerca de
15 dias.
Manutenção:
Existem vários tipos de gaiolas para Canários: gaiolas para Canários
cantores, gaiolas para criação e voadeiras. Para a manutenção de Canários em
casa, é interessante a opção de uma gaiola de no mínimo 60 cm de comprimento, 30
cm de largura e 40 cm de altura, com comedouro, bebedouro, uma banheira rasa
(2,5 a 3 cm em média) e alguns poleiros. A limpeza é fundamental para a
prevenção de doenças. Por isso, é interessante que a gaiola tenha uma bandeja
removível que facilite o processo. Você pode optar por forrá-la com algum papel
absorvente (tipo jornal) que deve ser trocado diariamente. Troque também a água
diariamente e limpe os demais recipientes. Faça a desinfecção do bebedouro,
comedouro, banheira e fundo da gaiola no mínimo duas vezes por semana. É
interessante a retirada da banheira para evitar banhos à tarde. Evitar correntes
de vento e locais úmidos e muito movimentados são cuidados que também auxiliam
no bem estar destes canoros pássaros.
FONTE: www.Alcon.com.br